Maio Roxo: Mês de Conscientização das Doenças Inflamatórias Intestinais (DII)
Apesar de não terem cura, quando tratadas adequadamente, há melhora significativa na qualidade de vida dos pacientes e no controle terapêutico, diminuindo-se o índice de complicações.
O QUE SÃO AS DII?
São doenças crônicas que resultam de uma inflamação do aparelho digestivo, principalmente o intestino delgado e o intestino grosso, não relacionadas às infecções.
QUAIS SÃO AS CAUSAS?
Ainda não se sabe exatamente qual a causa deste problema, mas algumas pistas já foram identificadas como fatores causais: a mutação de alguns genes (genético), um excesso de limpeza (países desenvolvidos), aumento da permeabilidade intestinal e alteração da microbiota intestinal.
QUAIS OS TIPOS DE DII?
Existem 2 tipos: a retocolite ulcerativa e a doença de Crohn.
A retocolite acomete predominantemente o reto e o cólon esquerdo (intestino grosso localizado do lado esquerdo), enquanto a doença de Crohn acomete principalmente o íleo terminal e o ceco (localizados do lado direito do abdômen), mas diferentemente da retocolite, a doença de Crohn pode acometer qualquer parte do sistema digestivo, ou seja, desde a boca até o ânus.
QUAIS OS SINTOMAS?
A retocolite ulcerativa apresenta sintomas como sangramento, dor anal, urgência evacuatória e tenesmo ou puxos (quando a pessoa vai várias vezes ao banheiro, mas não consegue evacuar nada ou evacua apenas sangue ou muco).
A doença de Crohn apresenta quadro de diarreia, associado frequentemente a cólicas abdominais, mais raramente sangramento, podendo apresentar também febre baixa e perda de peso inexplicável.
COMO É FEITO O DIAGNÓSTICO?
O diagnóstico é realizado por um conjunto de fatores: uma avaliação médica no qual é realizado a suspeita clínica, sendo muitas vezes necessário um exame de imagem para identificar ou descartar a doença. O exame padrão ouro é a colonoscopia, que permite a visualização da lesão e também a realização de biópsias para confirmar qual o tipo de doença.
QUAL TRATAMENTO É INDICADO?
O tratamento na maioria das vezes é clinico, com medicações específicas para a doença. Deve ser acompanhado por um especialista, pois frequentemente a doença ė de difícil controle no início. O objetivo do tratamento, além de promover a melhora dos sintomas do paciente, é combater a inflamação por completo, pois isso minimiza quadros de recidiva, necessidade de internações hospitalares e diminui significativamente os índices de cirurgia e câncer intestinal.
POR QUE TRATAR AS DII?
Quando não tratadas, podem causar complicações, algumas vezes muito graves. Algumas das complicações podem resultar em anemia, estreitamento e até fechamento da luz intestinal, fístulas (perfurações) que podem ser intestinais ou anais e evolução para câncer, que apesar de raro, pode ocorrer.